quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Eu sou criança....

     E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores. O simples me faz rir, o complicado me aborrece. O mundo pra mim é grande, não entendo como moro em um planeta que gira sem parar, nem como funciona um fax. A  verdade seja dita: entender, eu entendo, mas não faz diferença, os dias passam rápido demais, existe a tal gravidade, papéis entram e saem de máquinas, ninguém sabe ao certo quem descobriu a cor. Tenho um coração maior do que eu, nunca sei minha altura, tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada). Coragem eu tenho um monte. Mas medo eu tenho poucos. Tenho medo de Jornal Nacional, de lagartixa branca, de maionese vencida, tenho medo das pessoas, tenho medo de mim mesma, tenho medo de não saber lidar com as coisas e cituações de forma correta, tenho medo de palhaços de cisco, tenho medo até mesmo de minha sombra, mas não tenho medo de ser uma eterna criança, aquela que guarda suas bonecas, que guarda cartas de namoradinhos da infância, que brincava de pique- esconde com os primos, que fazia coisas erradas, que chorava. Eu quero quero que haja sempre uma criança dentro de mim, quero poder brincar com meus filhos, quero poder ser eu mesma louca assim como eu sou, fazendo minhas caretas, colocando a língua, rindo de coisas banais, e fazendo feliz que ao meu lado estiver!
           Por isso você que é jovem deve cultivar a criança que há dentro de você, pois você pode se tornar um velho amargo, cultive sua família e seus amigos porque eles são seu bem mais precioso, e quando sentir vontade de fazer uma coisas, faça, não se contenha, faça o que lhe der vontade, só não machuque e nem passe por cima de ninguém!

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